O nome dessa tecnologia é manejo de pastagem, uma ferramenta extremamente importante para quem trabalha com pecuária e uma das grandes responsáveis por aumentar a rentabilidade das fazendas. Nesse texto vamos te dar várias dicas práticas para você parar de rasgar dinheiro e nunca mais errar no manejo de pastagens. Existem várias maneiras de se manejar pastagem e nós da SIA utilizamos o Pastoreio Rotatínuo, o que há de mais moderno hoje em tecnologia quando se trata do tema.
Esse manejo é uma tecnologia brasileira desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul pela equipe chefiada pelo professor Paulo carvalho, grupo de pesquisa de ecologia do pastejo, e essa tecnologia já foi empregada em milhares de propriedades do Sul do Brasil, mas também no centro-oeste, no cerrado e na Região Norte do Brasil. Uma tecnologia extremamente consolidada.
Agora vamos para as dicas práticas para você não errar mais no manejo:
Trabalhe sempre dentro das alturas ótimas.
Seja qual for o método você trabalha, nunca ultrapasse as alturas limites. Nunca deixe crescer demais que ele passe do ponto ou nunca rebaixe a mais do que altura limite, altura ótima é a grande dica de manejo. Sempre dentro das alturas ótimas você não errar.
Treine o olho.
Uma trena para medir a altura do pasto é muito importante para você treinar o olho. Então, nos primeiros manejos leve uma treina, faça as medidas, caminhe bem nas áreas, análise bem a altura média dos piquetes, mas calibre o olho. Com o passar do tempo você vai ver que não precisa mais da trena e fica muito mais fácil o manejo. Treine o seu olho e da sua equipe!
Faça poucos piquetes.
A maioria do pessoal está acostumado a quando vai trabalhar com o Pastoreio rotativo ou rotacionado, trabalhar com muitos piquetes, piquetes pequenos que eles têm a ilusão de que vai se manejar melhor. Isso é diferente no Rotatínuo, como se trabalha com alturas ótimas que quando a gente tira os animais rebaixa só 40% da altura de entrada, ainda sobra muitas folhas. O pasto cresce super rápido, o animal come a ponteira do pasto (o filé mignon do pasto) e ainda falta muita folha e, rapidamente, os pastos crescem. As pastagens tropicais nunca passar de 4 ou 5 piquetes e pastagens temperadas trabalhar com 8 a 12 piquetes.
Ajuste a carga certa. Trabalhe com uma carga ideal de animais.
Esse é um dos grandes erros que a gente vê. Às vezes o pessoal trabalha na altura ótima, faz poucos piquetes, mas erra a mão na hora de ajustar a carga. E normalmente para mais, se coloca mais animais do que caberia na área. Por exemplo, uma pastagem tropical pode variar de uma carga de Um/ha por hectare até 4,5, ou até 8 Um/ha, varia muito pelo nível de tecnologia que está sendo usado e também da chuva e adubação que está sendo feito.
Se está tá sobrando comida, coloca mais carga. Se vê que o pasto começa apertar muito antes do tempo trabalha com uma carga mais leve.
Nunca rape os pastos!
Sempre trabalhe com as alturas ideais e nunca abaixe da altura de saída, a altura limite que a gente fala do Rotatínuo. Por que é tão importante prezar por essa altura? Porque quando voltar a chover, voltar a ter uma condição normal, os pastos voltam a crescer rápido. Se pensar que “vai ter que baixar um pouco mais, porque a condição não está ajudando.” Quando voltar a chover, o pasto vai ter poucas folhas e vai demorar demais para rebrotar.
E aí, a tragédia é toda completa. Então, segura o coração e não rape os pastos!